05 janeiro 2007

04 - O Imperador – O Alfa-Macho



Quando o homem selvagem se torna O Imperador.
Alguma vez você se perguntou o que faz neste planeta? Enquanto todos estão, você não se encontra? Enquanto todos têm, todos podem, você deseja? Enquanto todos estão satisfeitos, você está faminto e inconformado com tanta mediocridade? Tudo que você precisa é de compreensão e eles só querem paz?
Bem, você deve ser uma espécie selvagem em extinção.

Em biologia, muito se ouve dizer que os melhores exemplares de uma espécie se desenvolvem em clima adverso. Que a luta, as dificuldades e a lei da sobrevivência são fatores que contribuem para a formação de um indivíduo superior.
Voltando nossa atenção para a seleção natural da espécie humana, podemos observar que não é muito diferente. Por exemplo, compare o Gugu Liberato com um antigo gladiador romano. Um filhinho de papai alienado e sem colhões com Don Vito Corleone (crimes à parte). Entendeu?

Se você tentou se adaptar de alguma forma e não conseguiu, você tem muita sorte, além, é claro, de uma essência não domesticada. Sendo um cisne em meio aos patos, é verdade que você pode ser um homem solitário, mas sua alma está abrigada, protegida em algum lugar.
Portanto, se você se considera um lobo-guará em extinção, não se desespere! O comportamento civilizado muitas vezes é uma jaula de ouro. Ações politicamente corretas e bem comportadas demais são camisas de força prêt-à-porter e excesso de bondade é fraqueza.

O macho dominante na natureza é aquele que conquista seu espaço, demarcando bem seu território e fazendo jus aos seus instintos (quem sabe, faz!). No jargão dos biólogos evolucionistas são chamados de “Alfa-machos” e são portadores dos melhores genes reprodutivos. Patriarcas em potencial.
Se um dia o patinho feio se torna um cisne, o que dizer dos selvagens em extinção?
Nessa hora vem a parte mais importante da história: eles se tornam os poucos que amam de corpo e alma, encontram seu trono por mérito e não perdem o melhor da vida por uma questão de educação. Prêmio mais que justo para quem suportou o inverno, segurando a primavera nos dentes!

E muito tempo depois...
Em sua serena longevidade, o Imperador observa suas conquistas com coroa e cetro divinos. Ao trabalhar para superar suas aflições, supercompensou e criou seu destino. Tornou-se senhor de seu próprio império pessoal e cultural. Seu trono quadrado dá a entender que ele agora domina os quatro elementos e convive em paz com sua natureza selvagem. Para se tornar um “rebelde civilizado” ele se situou no espaço e no tempo e usou sua visão aguçada para ver além. Pensou como um “mafioso do bem” e mudou sua realidade metendo a mão no mundo material.
Agora a esfera da natureza está em suas mãos e a sandália tranquila da paz interior nos seus pés!

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